De cabeça erguida

Parte 7

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Eu já estava cansada de tanto correr com aquela bolsa e o celular em mãos até que olhei para trás e percebi que ele não mais estava me perseguindo, continuei a correr por mais um pequeno espaço de tempo para ter certeza de que ele não apareceria atrás de mim e me apanharia por eu estar parada, mas como ele não dava sinal de estar por perto resolvi parar. Por sorte havia um barzinho por ali e eu tinha trinta reais dentro da bolsa para comprar a passagem do ônibus e gastar com besteiras lá no interior. Comprei uma água gelada e segui em frente na tentativa de me localizar, é eu estava perdida.
Aquele era um lugar normal, calmo. As pessoas andavam na rua tranquilamente, sorriam, as crianças brincavam de pique-esconde e seus respectivos pais conversavam sobre assuntos diversos. Adolescentes tomavam sorvete e ouviam música. Casais namoravam e tudo mais. Mas havia uma única coisa que não saia da minha cabeça por nada. Onde eu estava? Queria perguntar para alguém, mas era difícil confiar em qualquer pessoa, pois eu acabara de ser perseguida por um estranho durante meia hora, sei lá, só sabia que não ia perguntar. Um ônibus estava vindo e, pra minha sorte, ia para o centro da cidade. Entrei no ônibus e segui viagem, sozinha, sem falar com ninguém e sem demonstrar aquele medo terrível que eu estava sentindo.
Vinte minutos dentro de um ônibus que enchia cada vez mais, sair foi uma missão quase impossível, mas consegui. Estava no centro da cidade, aquele local eu conhecia muito bem. Melhor que qualquer um. Mas eis que me surge uma nova dúvida. Devo ir para casa? Olhei para o celular em minhas mãos, havia inúmeras opções. Amigas, tios, pai, primos, polícia, bombeiro, samu, hospitais e, claro, casa. Deveria ligar para casa? Num ímpeto acabei ligando, em fração de segundos digitei o número e liguei. Desliguei mais rápido ainda. Não deveria ligar do meu celular, era arriscado. Liguei de um orelhão, não tinha cartão, mas minha mãe atendia a cobrar. O telefone tocou, tocou e tocou mais um pouco, ninguém atendia. Então resolvi ir para casa. Era arriscado, mas não ia abandonar minha mãe naquela situação.
Ando durante uns quinze minutos até chegar no bairro onde eu morava, vejo alguns amigos, conversamos um pouco, mas consigo me desvencilhar e ir para casa. Respiração forte, profunda como se fosse a última. Entro em casa que parecia estar abandonada, ouço algumas risadas, masculinas e femininas. Vozes sedutoras vindo lá de cima, subo as escadas e as vozes se tornam mais altas, marcantes. Entro no meu quarto, ele está impecável, assim como deixei ele, apenas algumas roupas sobre a cama, retiro elas dali e coloco na mochila, junto do meu notebook, o modem, fones de ouvido, maquiagem, havaianas,carregador de celular, livros e um coração de pelúcia que meu pai me dera a dois anos atrás. Vou para o quarto de minha mãe, ele está impecável retiro algumas roupas guarda-roupas dela e coloco em outra mochila, junto de um livro e as coisas preferidas dela, Retiro também nossos pijamas que estavam no quarto dela pois eu havia dormido ali noite passada, dobro um cobertor e coloco em outra mochila. Desço as escadas silenciosamente, coloco todas as mochilas ali, menos a minha pois não desgrudaria dela, seria mais fácil na hora na fuga. Subo as escadas novamente, dessa vez com dois jarros de flores para tacar na cabeça dos caras, abro a porta do quarto de hóspedes devagar e entro observando o local, para logo em seguida me arrepender de ter entrado naquela casa, lágrimas escorrem pelo meu rosto e minha face deixa de lado o medo, para enfatizar meu ódio...
Continua

Ps: votem no blog Artigos de Menina como o blog que merece ganhar o cancurso Blog vrs Blog nos sites Menina nerd, Atitude Included e Cherry Bomb, para votar bastar olhar o post seguinte http://artigosdemenina.blogspot.com/2011/07/blog-vrs-blog.html

Ps2: estou sem tempo e sem idéias, mas estou quase de férias e por isso as postagens serão mais regulares
Ps3: ainda há vagas para a equipe, caso alguém queira é só nos mandar um e-mail artigo.de.menina@gmail.com
Ps4: estou comandando o blog sozinha, não sei porque a Karol não está postando, e falarei com ela sobre a história que ela estava escrevendo, veremos o que fazer
Ps5: atualizei os comentários e respondi os mais recentes ( a parti da postagem sobre a subordinação feminina)
Ps6: peço que vocês me mandem sugestões sobre o que postar, pois minhas idéias se concentraram totalmente nessa história que estou amando escrever e espero que estejam gostando de ler
Ps7: comentem
Ps8: o assunto que será abordado na próxima parte será forte,alguns podem parar de ler por causa disso, mas continuarei a escrever. Fala sobre a mãe dela e sexo, espero que não se incomodem.
Ps9: Bom final de Semana para todos!! rs