sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Até que a vida nos separe

Parte 11

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De longe eu podia ouvir a voz de Pedro gritando no celular. Imediatamente tomei meu telefone de suas mãos e fui falar com Caco.
- O que foi em Caco? O que você quer?
- Que matéria era aquela em?
- Isso não te interessa...você me abandonou.
- Eu não te abandonei...apenas foi necessário ir embora.
- Engraçado...você foi embora quando eu mais precisava de você, quando eu mais precisava do teu amor.
- Eu fui embora quando eu mais precisava desse maldito emprego.
- Sem me avisar que sequer tava pensando em aceitar.
- Você não quis casar comigo.
- E é preciso estar casada pra viajar com você?
- Você não viria.
- Você não é vidente.
- Quer saber...tchau Laís...adeus!
- Já vai tarde...adeus!
Desliguei o celular e entrei dentro do quarto...sussurrando bem baixinho o quanto eu ainda amava aquele menino.
- Abre a porta Laís...que que foi em? - já era Pedro querendo saber da conversa.
- Me deixa! Vai embora...quero ficar sozinha.
- Você tá bem?
- Melhor...impossível.
- Então eu vou dormir na sala e amanhã a gente se fala.
- Ok.
Ótimo...ele dormindo na sala era tudo que eu queria. No outro dia meu celular tocou bem cedo...era quatro da manhã e já tinha alguém me mandando mensagem.
"Sei que seu namorado ainda não acordou, e sei que você irá acordar com o toque do celular quando recebe mensagem. Sabe...eu não consegui dormir durante a noite, pensei muito em você e em como tudo acabou entre nós. Chego aí as sete da manhã...espero te ver no aeroporto para, pelo menos, conversar comigo. Com todo meu amor...Caco!"
É...ele havia me mandado uma mensagem as quatro da manhã, e se eu quisesse vê-lo teria que começar a me arrumar naquele mesmo momento. Dessa vez não pude fazer muitas escolhas...aliás, nem tinha alguém pra me ajudar a escolher uma roupa. Peguei a primeira calça que vi, a primeira blusa e coloquei meu allstar preto. Pronto...só faltava a maquiagem, e o café eu tomaria no aeroporto mesmo.
Terminei de me arrumar e corri para pegar um táxi...passou um rapidinho, pra minha sorte.
- Sabe...eu temia que você não viesse. - disse Caco assim que me viu.
- Eu pensei em não vir. - menti na hora.
- Você ainda não sabe mentir...
- Ah, cala a boca!
- (haha) E ainda continua estressadinha.
- Vamos logo ao assunto.
- Laís...eu tô com fome, vamos para a lanchonete?
- Bora...não tomei café hoje.
Fomos para a lanchonete, sentamos e pedimos o que queríamos comer. Os pedidos chegaram rapidinho, e ainda estávamos em silêncio absoluto.
- Sabe Laís...eu pensei a noite toda no que aconteceu...
- Sua cara não está nada boa!
- É o que você me faz...
- Não venha me culpar...quando na verdade a culpa é sua.
- Continuando...eu ainda te amo.
- Não acha que está tarde demais para vir me dizer isso? Não acha que agora eu não preciso mais saber disso?
- Eu sei que é tarde...mas eu precisava te dizer. Você não sabe como foi difícil pra mim ir embora daquele jeito...mas eu fiz aquilo porque não conseguiria sair e te ver ficar, olhar pra trás e te ver ali. Você é meu ponto fraco...se eu olhasse pra você, eu não conseguiria mais ir embora.
Eu realmente não sabia o que dizer, mas Caco sabia disso e imediatamente me puxou para um longo beijo...o beijo que tanto me fez falta durante esse tempo todo.

-Continua
Por: @line_liline

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